Nas Artérias da Selva de Pedra
Facção Central
- Participação de Apocalipse Urbano
Presente no(s) disco(s) A Voz do Periférico (2015).
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Letra da música Nas Artérias da Selva de Pedra
[Intro]
—Pode crê, e aí, mano?
—E aí
—Não coloca em jogo sua liberdade
—Pode crê
—Aprenda a dizer não a certos convites
—Deixa comigo. Deixa comigo
[Verso 1]
Não quero fazer o que o sistema quer
Não quero fazer as vontades de Lúcifer
Não quero cortar o pescoço do estuprador, o campana que ramelou, o noia que caguetou
Não quero buscar seu filho na faculdade e mandar um dedo dele pra você pagar o resgate
Não quero jogar álcool na vida amarrada na cama
Empresário abrindo o cofre, vendo seu corpo em chamas
Não quero minha foto nas camisa, nas cartolina
Nem minha família pedindo justiça em frente da delegacia
Não quero ser encontrado no saco, esquartejado
Visto pela última vez tomando enquadro da Tático
Quero paz, direitos iguais, igualdade social
Liberdade de expressão no país do carnaval
Difícil sobreviver nessa selva de pedra
Só quero paz, nada mais em meios aos tiros em tempo de guerra
[Refrão x2]
Eu só quero a paz, apenas, nada mais
Em meios aos tiros em tempo de guerra
Eu só quero a paz, apenas, nada mais
Nas artérias da selva de pedra
[Verso 2]
Das artérias da selva de pedra, a minha disposição
Focando naqueles que sonham em ter seu perdão
Na missão, tentando virar o jogo da vida
Em tempo de guerra, atentados terrorista
Cada um planeja a vida como achar melhor
Numa dessa sua escolha te põe numa pior
Somos apenas uma peça no jogo do sistema
Pra eles que se foda, cada um com seus problemas
Só lembra da existência na negociação da libertação do refém mijado na mão do ladrão
Tantos moços de mil grau, resumo pala pra final
Perdendo mais de metade da vida no sistema prisional
É foda, eu vou tentar seguir outra caminhada
Evitar tiro de polícia na porta de casa
Ainda sonho com a paz mudando o título da história
Sem que o tema seja presídio, droga, velório, necrópsia
[Refrão x2]
Eu só quero a paz, apenas, nada mais
Em meios aos tiros em tempo de guerra
Eu só quero a paz, apenas, nada mais
Nas artérias da selva de pedra
[Verso 3]
Poderia tar com os parças planejando um assalto
Ou num jet de Hornet, abastecendo a biqueira do bairro
Ou mandando pro inferno uma pá de botina
Disposição eu tenho, sei que eu poderia
Mas prefiro tá na rua com a família tranquilo
E não só abraçá-los na visita de domingo
Não tem dinheiro que pague ver minha filha crescendo
Infância, adolescência, presente em cada momento
Mesmo sem McFeliz, playcenter, Hopi Hari
Mesmo na dificuldade, não ponha em risco a liberdade
Mas aí, vamo que vamo, ano após anos
Se não era velório, era Hortolândia ou Franco
Na lei da sobrevivência na selva de pedra, quero paz, nada mais em tempos de guerra
Vitória não é silver, gold, plaquê no bolso
Tenha fé, acredite em Deus que cê vence o jogo
[Refrão x2]
Eu só quero a paz, apenas, nada mais, nada mais
Em meios aos tiros em tempo de guerra
Eu só quero a paz, apenas, nada mais
Nas artérias da selva de pedra
[Ponte x2]
Eu só quero a paz, paz, nada mais, nada mais
Em meios aos tiros em tempo de guerra
Eu só quero a paz, paz, nada mais
Nas artérias da selva de pedra
[Outro]
Facção Central, A Voz do Periférico
Tito Ghost, Apocalipse Urbano