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Letra da música Dias Melhores Não Virão

[Verso 1: Eduardo]
Fuga, pelo telhado, tem mega blitz
Querem o colar de água marinha do B.O. da Tiffany
Desativa a central telefônica clandestina
Todos os ratos tão aqui mesmo sem o flautista
Dona Maria, guarda o filho e fecha a porta
Êxito na operação, criança alvejada nas costas
Tão de escudo, capacete, colete
Pedindo pra deitar no mausoléu da PM
É repressão pra quem não tá no sofá, contente
Vendo na TV o que não pode ter, e abrindo os dentes
O Brasil só me quer na mansão, no apartamento
Com a lata de tinta cheia de cimento
Chega de ser escravo no palácio do engenheiro
Da tortura psicológica entre os dois extremos
Melustre e Torelli, móveis da Europa
Sem luz com a privada entupida, cheia de bosta
Madame de olho azul, cliente da Daslu
Lançando bolsa que vale minha goma na sul
Cansei de 10%, com dinheiro monopólio
Eu também quero entrar pra festa, ter meu poço de petróleo
Tenho credencial de pente cheio na agulha
Aval da justiça pra destroçar sua nuca
Que juiz não tem moral pra condenar o Eduardo
Pro político matando o povo, o magistrado fica de quatro

[Refrão 4x: Dum Dum e Eduardo]
Tem mina terrestre em cada palmo do chão
Dias melhores não virão

[Verso 2: Dum Dum]
Ontem uma pá foi dormir num parente distante
Pro filho não morrer com foguete anti-tanque
Tiro no transformador, a luz acabou
O céu fica estilo golfo, dá fuga morador
Quem fica, quantos furos aparecendo na parede
Embaixo da cama reza um terço, enquanto ouço o treme
Guerra no tráfico, virei perito no assunto
A Taurus multiplica o lucro incerto, divide o defunto
Não julga não cuzão, com meu grau de instrução
Não sou apto nem a jogar lixo no caminhão
Seu eu não fosse suicida, meio Talibã
O Brasil tirava o direito de eu sonhar com o amanhã
Amanhã vou fazer blitz falsa
Ver se o motorista do Roberto Marinho abraça
Eu sou a previdência que aposenta meu velho
Que com 50 de trampo, não tem uma caixa de remédio
25% é a chance de eu ser assassinado
Dado que ao front de batalha é comparado
De noite a farda pisca, não passa nem vento
Aí o Sherlock Holmes não pede meu documento
A firma quer informática e eu nem sei o que é monitor
Governador sai com traveco com a verba do computador
AR-15 do Dum-Dum, pro boy, é familiar
Foi comprada com dinheiro que ele usa pra cheirar

[Refrão 4x: Dum Dum e Eduardo]
Tem mina terrestre em cada palmo do chão
Dias melhores não virão

[Verso 3: Dum-Dum]
352 no coco, é o esquema do jogo
Na preleção o plano das barras de ouro
Faço jus a falta de música e arte cênica
Mobilizando a polícia a mostrar serviço pra imprensa
Deem emprego pra 500 mil seguranças
Terno preto, HT, a moderna visão panorâmica
Tô fugindo da nave mãe comunitária
Sorri na tela e na real deforma a sua cara
Abraça dono de mercado, beija o comerciante
Pra ganhar café, coxinha, refrigerante
E o poder paralelo diz a hora de ir pra rua
Fecha a escola, capota a Blazer, metralha a prefeitura

[Verso 4: Eduardo]
No comércio informal, variedade de produtos
Dente de ouro de defunto, imagem de santo de túmulos
Todo pivete sabe como é lá dentro
Cresce com a certeza de um dia ser detento
Final certo igual na máquina de fliper da esquina
Até te dá vida, mas no fim te liquida
Outro despedido, porque chegou atrasado
Tinha greve por mais um motorista assassinado
Nosso médico no açougue, aprendeu só medicina
Se quebro o pé volto com bisturi na barriga
No chão mais distante do aparelho do Estado
Repórter vem com a câmera escondida e acaba carbonizado

[Refrão 8x: Dum Dum e Eduardo]
Tem mina terrestre em cada palmo do chão
Dias melhores não virão

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