De Mãos Dadas com o Inimigo
Facção Central
Presente no(s) disco(s) O Espetáculo do Circo dos Horrores (2006).
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Letra da música De Mãos Dadas com o Inimigo
[Verso: Eduardo & Dum-Dum]
Confere duas sub Rugger e um lança-chamas
Dois fuzil AR-15 e um FAMAZ da França
Na oficina a blazer já saiu da pintura
É só pôr o adesivo da PM e tá clonada a viatura
A mina comprou na loja coturno, farda
É só não ter antecedente na identidade falsa
O plano é uma blitz na rua do hipermercado
Catar o Brink’s com o recolhe do cofre computadorizado
Do binóculo infravermelho vi o alvo chegando
30, 20, 10 metros, é a hora, pára o trânsito
Perfurante na blindagem – “Abre a porta, filho da puta!”
Lucramos três malote, fizemos quatro viúva
Incendiamos o carro forte, evaporamos na fumaça
Em dez quadras, uma goma alugada
Trocamos a roupa, saí de Brava com o parceiro
Dum-Dum de Falcon e o truta de CG vão com o dinheiro
Na fuga ouvi na CBN, a má notícia:
‘Recuperada parte do roubo, com o morto pela polícia’
Quem será que morreu? Cada um fez um caminho
Esconderijo, dois assobio, é o Dum-Dum que tá vivo
Vi um comando da PM, não tinha como voltar
Pus os malote no lixo, depois voltei, não tava lá
Tá me tirando, caralho, com esse conto do vigário
Mó Caim matando Abel, pensa nos filhos do finado
[Interlúdio 1: Eduardo e Dum-Dum]
-Aí, tiozão, não quero saber de nada não, mano, minha parte eu vou querer
Se o parceiro abraçou suas ideia, foda-se, é problema dele
-Como assim?
-Como assim?! Que proceder é esse, caralho, zoião essas horas?
-Que zoião porra?
-Aí, em consideração à sua família eu vou esperar até amanhã
-Firmeza então
-Se não chegar com minha cara cê pode tirar a medida do seu caixão
-Demorou!
-Não tô na cena arriscando minha vida, deixar minha mulher viúva, pra ser tirado por nenhum fillho da puta não
[Verso 2: Dum-Dum & Eduardo]
O parceiro viu que eu fui sincero, problema é o Eduardo
Duvidou da minha palavra, deu até amanhã de prazo
Passo pelo polígrafo da CIA, KGB
Sem uma alteração cardíaca, sem me contradizer
A efígie da nota de 100 enfeitiça
É a medusa que quando se olha o coração petrifica
Da amnésia, doença neurodegenerativa
Deixa o cérebro como o de um feto com anencefalia
Apagou nós dançando break, um medalhão de MC
Nós sonhando em ser NWA, Eazy-E
Nós de Le Coq comprando vinil na 24
Pra à noite no 3 em 1 fazer o baile do bairro
Tá hipnotizado, vai fritar como mosquito
Que vai em transe pra lâmpada pra ser queimado vivo
Tô carregando uma IMBEL no painel do carro
Aperto o botão e abre o difusor do ar condicionado
Não vou sair fugido com a roupa do corpo
Nunca estuprei, caguetei, nem comi mulher dos outros
Alô vende sua Twister, seu sobrado e me paga
Vai se foder, porra, não te devo nada!
Então liga pro 0800, pro serviço funerário
E reserva sua necrópole e um caixão mortuário
Sempre quis meus bagulhos, achou o pretexto
No mínimo ia me matar na partilha do dinheiro
[Interlúdio 2: Dum-Dum e J. Ariais]
-Cuzão tá ligado que eu tô falando a verdade
Tá dando migué pra eu ficar devendo pra ele
Vou pagar com quê? Só se for com meus bagulhos que ele sempre cresceu os zói
-Pode crê, ele sempre falou pra nóis que não era justo
Você boneco que tem os artigos da hora e ele no mó veneno, mano
-Ah, falou isso? Então demorou, vai pagar pela ganância
Vou derrubar, foda-se se nós fomos criados juntos
-É isso mermo, tem que enfiar bala, manda esse cuzão pro inferno
[Verso 3: Eduardo e Dum-Dum]
Mulher e filho vão chorar então que seja dele
Vou comemorar rajando pro ar meu AR-Baby
Viram ele de Yamaha R1 zerada, T mac no pé, agasalho Dada
No samba do lava rápido cheirou 10 gramas
No Motel deu banho de champagne em três piranhas
Vou atrofiar os 12 músculos do seu sorriso
Antes que suma e monte comércio em outro município
-Ai viu o Dum dum?
-Deve tá no campinho
Se pá tá até de Total 90 do Ronaldinho
Falaram que ele vai invadir minha goma domingo
Fuzilar eu e minha família dormindo
7 ervas não protegem dessa energia do mal
Vem domingo, então na quinta eu tô lá no seu quintal
Quantos b.o. assinamos e rasgamos no acerto
Fizemos no freezer do frigorífico patrão virar corneto
Dividimos coffee break de pão embolorado
Com leite, sem açúcar, coalhado
Falando no diabo, ó o Eduardo vindo pra cá
Vai receber 13 do pente se vier me cobrar
O safado tá moscando, vou furar de .380
Vai dar bonde no capeta, queimando no inferno
Tá vindo rindo mas a hiena ri antes de matar
Aí, cuzão, cadê o dinheiro? Tá aqui na minha HK
[Outro]
– Caralho mano ouviu os tiros?
– Pode crer ouvi, vamo vê que que foi
– Ai não é o Eduardo? E o outro ali, quem é?
– Vixi é o Dum dum
– Caralho mano, os cara num era truta, roubava até junto
– Crime é isso memo truta
– Ai vê se vem alguém ali
– Por que tio?
– Vamo cata as arma, os buti mano tá vacilando
– Ai é mancada porra
– Que mancada tiozão, no inferno os cara num precisa de artigo não moro, vamo deixa pro inseto come, pros gambé cata?
– Vê c tá morto memo pelo menos
– Ai Eduardo, Eduardo, aqui já era
– Dum dum, Dum dum, aqui também, então firmou
– Então anda logo que vai colar uma pá de bico e polícia, vamo bora, agiliza
– Firmeza já catei, vamo ai
– Aqui é assim trutão, é o espetáculo do circo dos Horrores há há há