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      Sobre Fex Bandollero

      Foi no bairro da Saúde, Zona Sul de São Paulo, onde nasceu num lar bem humilde e modesto Fernando Luiz Corroul Lima, hoje Fex Bandollero. Mas foi num conjunto habitacional, perto da Conceição, onde passou a maior parte de sua infância e adolescência junto com sua mãe e uma irmã mais velha na casa de uma tia-avó. Dono de uma infância bem conturbada, cheia de episódios tristes, Fex aprendeu desde cedo que a vida não era fácil e que precisava cultivar a arte de sorrir cada vez que uma porta se fechava. Sofreu a separação dos pais motivada pelo uso de drogas do lado paterno. Aos 7 anos, o menino cheio de sonhos ainda tinha muito a aprender, diante de um mundo novo, cruel e estranho. Viu a mãe colocar o pai para fora de casa e recomeçar a vida aos 44 anos, para poder sustentar a família. Aos 11, foi à luta para ajudar em casa, porém, sem o conhecimento da mãe. Começou a trabalhar como entregador de lanches, depois, foi muitas coisas: feirante, office-boy e auxiliar de escritório, para não passar fome. Viveu muito tempo na rua com os amigos aprendendo a se virar, se safar e também a se afundar em encrencas de moleques. Na periferia, assistiu algumas histórias tristes e enterrou verdadeiros camaradas, porém, nunca se envolveu no crime. Foi usuário de drogas e algumas vezes chegou a apanhar de polícia, por brigas e confusões que se envolvia. Teria virado mais um número na estatística se não houvesse um plano celeste para sua vida.

      A relação com a música aconteceu cedo, precisamente em 1987. Quando ouviu o disco “Cultura de Rua”, despertou de vez para as rimas e versos. Daí, não parou mais. Naquela época e nos demais anos ouvia Thaide e DJ Hum, Mc Jack, Racionais MC´s, Filosofia de Rua, Sistema Negro, Câmbio Negro, Pavilhão 9, Gabriel O Pensador, Athaliba e a Firma, Potencial 3, Consciência Humana, entre outros.

      No entanto, as próprias rimas foram concebidas na rua. Fazia uns beats com batuque e depois colocava letras com os amigos, numa grande brincadeira mas que no fundo levava a sério. Recorda: “Comecei a prestar atenção nos grupos que curtia e ia nos shows. Estudei o que eles faziam para tentar ser um deles. Aprendi cantando músicas dos que eu admirava e tentando fazer a mesma coisa. Muito treino e dedicação, tanto na escrita como na pronúncia de palavras. Sempre entendi que cantar Rap era declamar poesia com uma batida ao fundo. Era isso que eu queria fazer. Falar das coisas que vivia e via no mundo.”

      Sendo assim em 1995, o rapper formava o seu primeiro grupo, chamado Pacto Mental, junto com Mad, Toninho e DJ Jura. A formação durou apenas 2 anos e Fex continuou a caminhada sozinho.

      Em 1997, conheceu, na Galeria 24 de Maio, o DJ Paul do grupo RPW e foi daquele encontro que saiu do papel o primeiro som de Fex, chamado: ”Enquanto a morte não vem”, no disco Pacto Mental – CD Single. No mesmo ano, ainda à convite de Paul, passou a integrar o grupo Cartel do Crime Organizado (C.C.O). Ele conta: “Foi uma experiência única. Conheci pessoas que são minhas amigas até hoje e comecei a enxergar o cenário do Rap nacional de dentro. Isso me deu bastante bagagem. Tive muitas frustrações e alegrias, que me fortaleceram nesse período. Fizemos muitas apresentações, inclusive num show no Canindé, pela liberdade do Timor Leste. Ficamos juntos por 4 anos.”

      Daí em diante, muitos trabalhos e participações levaram o nome de Fex da periferia para todos os cantos do Brasil

      Fonte: www.last.fm/pt/music/Fex+Bandollero/+wiki